sexta-feira, abril 26, 2013

Não acaba agora


Levantei, fui pro colo, beijo vai, beijo vem, pedi pra esperar um pouco, exatamente onde estava. Sentado em uma das cadeiras da nossa mesa de jantar. Fui até o quarto, voltei com salto, meias de seda e cinta-liga. Tudo preto. A cara dele de surpresa, levantando-se rápido em minha direção, e, antes que pudesse me abraçar:

- Não, fica quietinho, senta.

Parou, sorriu, voltou e ficou olhando com seus olhos famintos. Devagar, peguei a fita de cetim, fui até ele passando a fita pelo corpo, sentei no colo de frente. As mãos dele acariciavam, apertavam, seguravam os meus quadris com força. Toda voz virou sussurro permeando suspiros.

- Posso prender você?
- Quer me amarrar?
- Quero. 

Meus olhos eram só desejo. De um riso atrevido veio a minha resposta.

- Pode.

Tirei camisa dele, amarrei seus punhos para trás. 
A música... Levantei e comecei a dançar em seu colo. Ele ria, me mordia sempre que pudesse, lambia o pescoço. Tirei o resto da roupa que ainda existia. O pau, a esta altura, estava muito duro, já me chamava. Eu ajoelhei e comecei a passar a língua. Nada melhor que abrir os olhos e ver a cara dele me olhando, e eu lambendo e chupando com muita vontade.

- Goza pra mim. Eu quero ver. Goza.
- Me solta. Deixa eu gozar na tua boca?
- Não. Eu quero ver.

Mais uma vez, os olhos eram só desejo. O gozo veio logo em seguida, quente, escorrendo pelos meus peitos. Eu volto a chupar ainda em delírio, até o seu corpo relaxar. 

Levantei e saí.

- Vai me deixar preso aqui.
- Ainda não acabou, meu amor.
- Não?





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