quinta-feira, março 03, 2016

O ranço do mal resolvido

"Aquele gosto amargo do teu corpo ficou na minha boca por mais tempo", talvez a intensão fosse só dizer que a pessoa tinha um creme hidratante pouco saboroso. Hoje eu leio/escuto e interpreto como aquele ranço do mal resolvido preso na garganta.

Quem tiver o mínimo de consciência e humanidade, já sentiu a angústia do mal resolvido. Do ter mais o que falar, do escolher não aceitar, do ser obrigado a deixar de lado o que poderia ser uma bela história para contar aos netinhos...

A dúvida é o que mais incomoda: Quero mesmo fazer assim? Sim, porque querer tem mil e uma vertentes, além de nem sempre querer é poder, se vira. Claro, que muitas vezes somos encurralados a escolhas pouco confortáveis. Mas, somos brasileiros, jeitinho é com a gente mesmo. Arruma-se uma saída pela direita e no final, só fazemos o que queremos. Devemos aceitar a escolha e as consequências. É só o que tem pra hoje, vai encarar?

Olho para os lados e não vejo essa saída de mestre. Só sinto a angústia e o choro que prendi o dia inteiro. Acho que estou me tornando alemã.

Um comentário:

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