Eu devo iniciar este texto explicando o termo Fossa Music. Bem, esta é uma expressão comum para os amantes inveterados e os que já sofreram de amor. Algumas músicas falam exatamente como nos sentimos em momentos de fossa. Tem algumas que parecem ter sido escritas por nós mesmos, ninguém melhor que eu pra falar de um sentimento tão intimo e próprio do meu coração. Curiosamente, foi escrita por outro. Como se as almas se transpusessem e num papel de seda fossem unidas num único desenho. Amar é assim... Sofrer de amor é assim.
Das músicas de fossa que eu mais amo, aquela que têm reviravolta final é a preferida. No topo está Ronda (de Paulo Vanzolini) que já foi interpretada por tantos, admirada por muitos e sempre está presente numa boa roda de samba. Esta música preside a lista, não porque eu queira matar alguém... Mas porque o sofrimento da mulher (há quem veja um homem) que ronda a noite tem razão no desencontro com seu amado, que ela imagina estar num bar jogando e cantado as moças que passam (cena típica de cafajeste). Neste dia, neste dito dia em que ela o encontrar, não serão beijos e abraços que ele vai ganhar. E ela ainda espera ficar famosa e sair nos jornais.
Diferente de Atrás da Porta de Chico Buarque, que a pobre mulher apenas pode vê-lo ir embora e depois reclamar da vida e falar mal para mostrar que ainda ama o desgraçado que foi embora. Olhos nos Olhos, também de Chico, tem uma reviravolta, mas não soluciona o problema. Ela vai ser feliz só pra mostrar para o finado que pode, não porque ela de fato é feliz.
Pra não dizer que só nossos avós sabiam fazer música de fossa... Podemos falar de Ana Carolina, ô moça boa de fossa! Estampado, da mesma , é um ótimo exemplo... Ela trata o amor como um vestido, que depois de usado e gasto fica desbotado e pequeno e é hora de dá-lo a outra pessoa. Isto não é algo bom, mas resolve a situação, está tudo acabado. Mágoa , da mesma , é quase um diário de um sofredor de amor, você está separado do seu grande amor e se depara com as coisas que você conhece tão bem, como a casa dele. Ai que raiva que dá não poder chegar perto, ao mesmo tempo você sabe que isto é o melhor para os dois e se arrepende.
O mais importante é que fossa music não é pra ser ouvida apenas em momentos de fossa, experimente ouvir uma mesma música, que em outros tempos falava só de você, agora. Parece que se torna uma nostalgia de uma dor, rsrs. Não dizendo que sentimos falta da dor, mas esta dor provavelmente fez a gente amadurecer e crescer. Sermos mais ou menos duros com nós mesmos. E como diz Zélia Duncan numa canção de Paulo Leminski “Um homem com uma dor é muito mais elegante”.
Das músicas de fossa que eu mais amo, aquela que têm reviravolta final é a preferida. No topo está Ronda (de Paulo Vanzolini) que já foi interpretada por tantos, admirada por muitos e sempre está presente numa boa roda de samba. Esta música preside a lista, não porque eu queira matar alguém... Mas porque o sofrimento da mulher (há quem veja um homem) que ronda a noite tem razão no desencontro com seu amado, que ela imagina estar num bar jogando e cantado as moças que passam (cena típica de cafajeste). Neste dia, neste dito dia em que ela o encontrar, não serão beijos e abraços que ele vai ganhar. E ela ainda espera ficar famosa e sair nos jornais.
Diferente de Atrás da Porta de Chico Buarque, que a pobre mulher apenas pode vê-lo ir embora e depois reclamar da vida e falar mal para mostrar que ainda ama o desgraçado que foi embora. Olhos nos Olhos, também de Chico, tem uma reviravolta, mas não soluciona o problema. Ela vai ser feliz só pra mostrar para o finado que pode, não porque ela de fato é feliz.
Pra não dizer que só nossos avós sabiam fazer música de fossa... Podemos falar de Ana Carolina, ô moça boa de fossa! Estampado, da mesma , é um ótimo exemplo... Ela trata o amor como um vestido, que depois de usado e gasto fica desbotado e pequeno e é hora de dá-lo a outra pessoa. Isto não é algo bom, mas resolve a situação, está tudo acabado. Mágoa , da mesma , é quase um diário de um sofredor de amor, você está separado do seu grande amor e se depara com as coisas que você conhece tão bem, como a casa dele. Ai que raiva que dá não poder chegar perto, ao mesmo tempo você sabe que isto é o melhor para os dois e se arrepende.
O mais importante é que fossa music não é pra ser ouvida apenas em momentos de fossa, experimente ouvir uma mesma música, que em outros tempos falava só de você, agora. Parece que se torna uma nostalgia de uma dor, rsrs. Não dizendo que sentimos falta da dor, mas esta dor provavelmente fez a gente amadurecer e crescer. Sermos mais ou menos duros com nós mesmos. E como diz Zélia Duncan numa canção de Paulo Leminski “Um homem com uma dor é muito mais elegante”.
Adoro Fossa Music. As minhas preferidas são da Angela Rô Rô. Tem uma música dela chamada 'Demais' que é perfeita.
ResponderExcluirEu adoro fossa music quando bate alguma carência afetiva, e melhoro de humor quando vejo que minha poderia ficar pior... rsrsrs
ResponderExcluir“Um homem com uma dor é muito mais elegante”. Nossa! Descobri de onde vem todas as minhas elegâncias hehehehe.
ResponderExcluirAss. Um menino grande ai
Nelson Rodrigues foi o poeta urbano por excelência. Estranho que não se tenha debruçado sobre o povo da noite - cenário da fossa por definição.
ResponderExcluirQuem vive a noite dos bares e boates - não a noite das baladas, funkeiras ou pops - tem essa vivência crua da fossa, tão dura como um suicídio ao amanhecer...