quarta-feira, junho 17, 2009

Eu sou do Brasil, mas não qualquer brasileira. Eu sou do nordeste, mas não qualquer nordestina, EU SOU PERNAMBUCANA!


Essa é pra tu, que discrimina o Nordeste
Que desvaloriza os valores da Zona da Mata Agreste.
Essa é pra tu que acha meu sotaque engraçado
E desconhece o forró, xote, baião e xaxado.
Essa é pra tu sem personalidade
pois eu vou te mostrar nesse verso originalidade
Culinária de verdade que deixa saudade na região interiorana dessa cidade
A fé que invade vem e invade os romeiros
O cheiro da cana queimada do canavial de limoeiro.
Cavalo do vaqueiro chamado atitude
o aboio em declamação na beira do açude
não seja rude pois mude essa sua visão
também nunca provou charque na brasa e alcatrão.
Até o velho João teve o privilégio de ter a sabedoria do mato sem passar no colégio.
Nunca sentisse o beijo da pernambucana
é parecido com caju, cajá e cajarana.
Te dana, com esse teu preconceito.
Minha vida é desse jeito eu tô eleito.
Eu valorizo sim senhor a minha terra
Prefiro a paz e não a guerra.
Eu valorizo sim os costumes da minha gente,
Meu chapéu de couro e meu OXENTE!!!
Eu valorizo! O quê?
A cultura nordestina.
A tradição do povo na fina festa junina, a banda de pífano animando a novena.
Um violeiro no pé de parede dibuiando tema
chapéu de palha ao mato pegado no berço,
terra mais linda que essa eu não conheço
da cidade ao sertão do agreste ao litoral, beleza tropical de um cenário cultural,
eu represento a cultura arte da minha gente.
O Nordeste independente da ousadia
a mistura da sensatez com a loucura do ritmo com a poesia.
Do rap com a cantoria da batida com a viola,
é um pife tocado por João
um cordel pelo o poeta Abdias
Vila Nova em suas cantorias
a coragem vista em Lampião
a sanfona na mão de Gonzagão que até hoje dá gosto em escutar.
É a força do povo pra lutar.
Porque aqui é o Nordeste independente.
Eu valorizo sim senhor a minha terra
Prefiro a paz e não a guerra.
Eu valorizo sim os costumes da minha gente,
Meu chapéu de couro e meu OXENTE!!!
Eu nasci, vivi, sobrevivi no clima tropical.
Aproveitei o sol do interior e do litoral.
Nesse momento estou na terra do frevo carnaval,
ouvindo Chico Science, Nação Zumbi Manguezal,
meu mundo é real sem fantasia sem ficção, minha literatura é de cordel, né não?
Meu rei é de baião meu café é pisado no pilão.
A esteira de palha de coqueiro é meu colchão
sigo a tradição de um antepassado meu
que comprou um vinil de Jackson do Pandeiro e me deu
que influenciou eu na minha demanda
valorizo o Maracatu Rural e a Ciranda
meu pensamento anda revolução Palmares, Zumbi Nordeste, Nação.
Minha alimentação é adubada quiabada, maxixada, buchada, rabada e feijoada.
Pra sobremesa cocada ou goiabada
Nordeste é o lugar rapaziada,
não desmerecendo o lugar de ninguém,
mas defendo meu território e o que convém.
Eu sei que existe o preconceituoso que insiste em ser nacionalista rigoroso.
Eu valorizo sim senhor a minha terra
Prefiro a paz e não a guerra.
Eu valorizo sim os costumes da minha gente,
Meu chapéu de couro e meu OXENTE!!!


Um comentário:

  1. Cara, pois é eu ainda não pensei bem em que colocar sobre esse evento no meu blog! ^^ essa ficou ótimo!

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